quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

cartão de natal pro céu


Oi vô, hoje é 25/12, Natal! Esse não foi um ano fácil, e aconteceu um turbilhão de coisas. O natal não foi o mesmo pra muita gente, e pra mim também não. Ao longo de todo o ano eu senti sua falta, mas nesse natal eu senti e muita, está faltando você, sua bênção e seu cheiro na minha cabeça. Queria poder ter me despedido, e dizer que você faz muita falta. Não sei se quando fui lhe visitar você conseguiu me reconhecer, mas eu tento acreditar que sim, pois minha ultima lembrança sua é de um aperto de mão e de um sorriso (distante, mas um sorriso). EU sinto muito por tudo, por não ter passado o ultimo natal com você e peço desculpas por todas as vezes que falhei com você. A garganta tá com um nó, porque é um misto de saudade e angústia, porque minha cabeça está cheia de porquês. Espero que onde você esteja, esteja olhando por nós. Que de alguma forma o senhor receba meu abraço e minhas saudades. Eu te amo, vovô. Feliz Natal, cuida de mim daí de cima, porque aqui embaixo as coisas estão difíceis e a saudade de você tá doendo em mim.
Com amor, Aiá.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

pedacinhos...

Pedacinhos...Guilherme Arantes escreveu essa música e em uma das conversas que tive com meu pai ele a colocou pra tocar. É linda, mas fala: “Pra que ficar juntando os pedacinhos do amor que se acabou? Nada vai colar, nada vai trazer de volta a beleza cristalina do começo e os remendos pegam mal. Melhor nem tentar! Afinal, a gente sofre de teimoso, quando esquece do prazer. Adeus também foi feito pra se dizer... bye bye” (https://www.youtube.com/watch?v=BqwJ5LOIHV0)
Essa música mexe comigo de um jeito, por que me pergunto pra onde foi parar a relação linda que eu tinha com meu pai e eu acho que é explicável pelo fato de que eu cresci e isso é uma merda.
Crescer talvez seja a coisa mais difícil do mundo, por que transforma e por mais coisas boas que proporciona, te tira uma parte feliz e que você deseja todos os dias voltar, mas que tá no passado e as lembranças acaba por te sufocar.
Eu me sinto sufocada todos os dias por que a vida me distanciou do meu pai, não fisicamente, nem por presença, muito menos por amor, mas alguma coisa aconteceu, a gente sente. Eu e ele sentimos.
Meu pai nunca deixou de ser o melhor pai do mundo, mas não somos os mesmos que 10 anos atrás e eu daria tudo pra restabelecer a relação que tínhamos naquele tempo.
Nos últimos anos tentamos buscar um culpado, entender o que aconteceu, mas nada conseguiu consertar. Diz droga de vida, o que você fez comigo e com meu pai pra gente ter se perdido?! Alguém me explica, porque eu não consigo consertar as coisas e eu sinto muito.
Estou escrevendo em prantos, às 7:30 da manhã, porque já fazem mais de 15 dias que não nos falamos, por uma discussão e porque somos igualmente orgulhosos pra reconhecer nosso erro. Mas sabe do que eu tenho medo? De perder meu pai pra sempre, e isso me tira o foco e dói muito.
Se você ouvir “cheia de charme”, também de Guilherme Arantes (https://www.youtube.com/watch?v=nVQf4vpIEbQ), você vai entender. Meu pai me contou sobre o que ele sentiu quando eu nasci com a letra dessa música e era só amor. Mas que amor é esse? Eu sei que ele não se acabou, mas o que aconteceu com ele e porque ele machuca? Eu gostaria de entender, mas até agora são perguntas sem respostas.
O que resta fazer com esses pedacinhos no qual me encontro? Só sei que esse adeus não foi feito pra se dizer. E por mais que nunca mais voltemos a ser como éramos, só somos assim por que já fomos.
É praticamente impossível que ele leia isso, mas eu não desejo nunca mais sentir essa angústia. E apesar dos pesares, ainda há amor.

Ariadne, 20/11/2019. 






segunda-feira, 18 de novembro de 2019

passatempo e faz um texto

   Isso que você está prestes a ler, foi escrito por mim enquanto o tédio de esperar o horário de poder sair da prova do Enem com o caderno reinava em mim. Por incrível que pareça, eu ainda não o li por inteiro, porque simplesmente depositei o que pensava no momento. É inevitável que eu não tome nota do assunto, mas até essa palavra eu não lembro nem o tema do texto, então, por esse motivo, leremos juntos o que se passava na minha cabeça enquanto fazia a prova, até um ano atrás, mais difícil da minha vida, e esse texto, pode te fazer e me fazer ver que o monstro do vestibular não é mais o mesmo monstro, porque novos monstros surgiram.

  Agora vai começar, espero que tenha coerência pois não alterarei uma palavra sequer do que produzi em três de novembro de dois mil e dezenove. let's?

  Comecei a estudar para o Enem em 27/12/2017 e até maio/18 estudei pelo menos 10h todos os dias, exceto os 4 que passei no ceará. Minha cabeça ficou superlotada, meu sono desregulado, saúde fraca e ansiedade a mil, além das notas mais baixas que tirei na minha vida. Foi preciso desacelerar. Aquele velho "volta uma casa pra andar duas". Isso aconteceu comigo. Melhorei minha qualidade de vida, minhas notas e meu coração. Não parei de estudar, tanto é que até nas férias eu estudei, mas porque faz parte de mim. Fazia os simulados, resumos, mas não deixei isso me impedir de viver.
   2018 foi um dos anos mais intensos da minha vida. Era medo, medo do fim e isso fez com que eu quisesse aproveitar tudo, e eu aproveitei. O coração foi se acalmando, até que meu monstro chegou... a escola já havia acabado, faltava somente os eventos da formatura. A prova foi feita, sofrida e o resultado foi aguardado com ansiedade e angústia, até que ele saiu e foi exatamente 666(o numero da besta kkk), a média que eu havia tirado em todos os simulados bernoulli (eu reproduzi o que estava apta a fazer, não vamos romantizar) e eu estive feliz até ter que escolher o que cursar. ProUni, SiSu.. e a fantasia que eu tinha criado de que gostaria de cursar direito por convenção social mesmo, mas veio a danada da geolinda( que roubou meu coração a muito tempo) que voltou pra ganhar o lugar dela. Eu fui, com medo, muito medo, mas fui...
   Passou o 1º período, cheio de emoções e novas descobertas, inclusive aprender a andar de ônibus... até que eu me vi virando dona de mim, e não mais a filha dos meus pais e amiga dos meus amigos.. eu tava me tornando Ariadne, apenas mais uma pessoa que responde por si (mesmo com todo o caos interior), que briga todos os dias pelo seu lugar no mundo e que aos poucos foi sendo reconhecida por aquilo que é, e não por todo aparato do passado, embora recente, mas passado.
   O 2º período chegou e eu fui testada pela 1ª vez na UF e ganhei o PET de presente. Ganhei outros presentes, pessoas de presente e pessoas presentes e mesmo com todo surto diário, eu disse d-i-á-r-i-o, eu to feliz e nem um pouco perto do fim do caminho, mas em busca do meu caminho.
   Cá estou eu, 1 ano depois, fazendo a prova que de alguma forma mudou minha vida (minha vida teria mudado de qualquer jeito), mas sem o peso na consciência e com a mente preocupada com os prazos das disciplinas no DCG. Hoje ( no caso, 03/11/19), não me vejo mudando de vida, de escolhas, porque eu to feliz por estar encontrando minha essência.
   Escrevo esse texto pra provar que sou sublime... kkkkk, brincadeira, é pra passar o tempo infernal de espera que está deixando minha bunda quadrada de tanto tempo sentada. Não me pergunte porque to esperando, mas estou aqui, testando minha paciência e escrever é uma válvula de escape e eu acho que vou fazer isso no meu futuro próximo de aplicar provas.
   Não gostei muito do tema, mas fazer o que? Pelo menos a frase da minha prova é "teremos coisas bonitas pra contar", e é isso que to fazendo aqui, nesse texto aleatório, mais um aleatório.. isso é um começo da minha história.


  beijo, beijo. foi massa. até.
                                           
  Ariadne Ferraz Vieira. 03/11/19 redigido em 18/11/19

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

A distância não separabólica

Sobre esse tal de ninho vazio... é bem real. Quase 7 anos que, sem pedir licença, a sisa chegou aqui em casa e mudou tudo, e pela primeira vez ela vai dormir sozinha fora de casa. Sei lá, a casa ficou tensa, criou-se uma expectativa de: "como será que ela vai reagir?"(Por que no meu caso essas noites fora de casa sempre acabavam em chororô e uma ligação de: "vem me buscar?!") O ninho vazio chegou no grau pai, mãe e irmã mais velha e ao contrário do que muitos romantizam é o vazio que sentimos quando queremos prender mas precisamos deixar nossas crianças crescerem e isso não é um mar de rosas, é doloroso pra quem fica. Será que vão cuidar como cuidamos? porque é nosso bem mais precioso, é nossa joia rara e o medo toma conta. Em cada passo, é o misto de sentimento em ver ela ganhando asas e infelizmente não sendo somente o nosso colo capaz de dar tudo que ela precisa. Por mais que doa, é preciso se acostumar o quanto antes com esses vôos, por que depois eles são mais dolorosos e eu vivo na pele esse processo de vôo regado de superproteção. Quando uma criança surge na nossa vida, achamos que precisamos resguardá-la, e sim, mas não somente. Não é legal criar uma redoma, não é saudável, mas as vezes é inevitável e o que ainda dá pra fazer? Acredito que se acostumar com os vôos e cativar para sermos um porto seguro, porque, de fato, não somos donos de ninguém. 


25/10/2019
Ariadne Ferraz Vieira 🌻

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

18 happy years

E lá se vão 18 voltas ao redor do sol! Cada volta com suas estações... umas bem definidas, outras nem tanto. Muitas fases se passaram, cada uma me tornando o que sou hoje e o que serei amanhã. Hoje completo minha décima oitava primavera e a pequena flor desabrocha nesse dia, a maioridade. A maioridade com ainda mais responsabilidades que exigem maturidade. Fechei um ciclo no qual fui muito feliz, realizada e agraciada contando sempre com minhas coordenadas: Deus, minha mãe, meu pai e minha princesinha parabólica, que me guiam pra viver no mundo, mesmo eles sendo o meu mundo. Quase 18 anos atrás,meu pai me escreveu uma música chamada "pequena flor", que por coincidência ou destino, se encaixa perfeitamente com quem eu sou, o que eu acho e quero da vida.
"Que o céu também, te traga luz pra ir além das montanhas e vales desse mundo tão imenso a te esperar. Sem esquecer a frase, que o segredo de ser feliz, é simplesmente amar." Eu tenho vivido sob o sol, sendo feliz pelo amor da vida, da familia, da amizade, e principalmente trilhando caminhos pra conhecer esse mundo tão imenso que me espera. Tenho vivido com o Wanderlust, com amor pelo que faço e muita gratidão por quem vive a vida comigo, por quem já passou e por quem ainda vai passar. Embarquei hoje na maioridade, com um passaporte novo pras aventuras que vem por aí. Gratidão ao universo!

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

More than words, inaugural

  MORE THAN WORDS, é uma música muito linda da banda americana, Extreme. Meus pais sempre ouviram essa canção e eu passei a amar ouvi-la. Ela fala que dizer "eu te amo" não é o bastante, e que a pessoa deveria consequentemente demonstrar esse amor e mesmo sem essas palavras serem ditas, a outra pessoa já saberia que ela a amava. Concordo totalmente com tudo que a letra fala no contexto em que se encaixa, entretanto, escolhi para meu blog o título da canção numa perspectiva um pouco diferente, onde minha ordenação de palavras não são apenas palavras, porque cada entrelinha tem uma significação muito particular, recheada de vivência e de sentimento, sendo sem dúvidas, MAIS QUE PALAVRAS depositadas num texto. 
  Na minha ainda curta caminhada sob o sol, desde cedo fui apegada ao papel e a caneta, e entre os rabiscos e os estudos, encontrei um jeito de me expressar e combinar tudo, ou uma parte, daquilo que minha mente produzia. Nem sempre deu certo, e por isso muitas crônicas e poesias, diga-se de passagem, muito boas pra uma criança que não gostava de ler, se perderam na história e no tempo. Escrever sempre foi uma válvula de escape, até que o sonho de viver das letras se transformou num pesadelo e todo meu interesse foi por água abaixo. 
  Nos últimos cinco anos, venho tentando voltar a escrever, mas as desculpas surgem a todo momento com o medo de perder , ou me frustrar e desistir de tudo mais uma vez. Esse blog, está sendo pensada com muito amor de mim, principalmente para mim, como incentivo a minha criação, por isso, ele tem a responsabilidade (risos) de ser, a priori, meu acervo pessoal e para quem conseguir descobrir ou tiver interesse de ler o que escrevo, o que externo, sintam-se a vontade, porque isso é nosso. 
  Espero voltar a esse primeiro post daqui a uns anos e ver o quanto escrever me fez bem, o quanto esse blog despertou minha criatividade e espero que "voltar" pra essa arte me faça muito feliz, orgulhosa e realizada, até mais do que já fui um dia. 



Ah, e uma sugestão, ouçam a música que é linda, ouçam rock (muitas alusões daqui sairão de lá) e escrevam pra extravasar, de qualquer forma, funciona muito. Beijos, sejam bem vindos e até breve. 
                                                                                                                                
Ariadne Ferraz Vieira.